Como administrar as finanças de sua empresa?

Como administrar as finanças de sua empresa?

Gustavo Cerbasi
em mais um Cerbasi Responde, falando hoje sobre finanças
ou planejamento financeiro de um novo negócio. Eu vou juntar
no Cerbasi Responde, duas perguntas enviadas
por dois seguidores que postaram as dúvidas
com a hashtag #cerbasiresponde em algum comentário
de algum post meu feito em alguma
das redes sociais. As perguntas
são as seguintes, primeiro o Thiago Cruz
que começa comentando assim: “Me põe
no Cerbasi Responde!” Você está aqui, Thiago,
um Cerbasi Responde para você. Essa é a pergunta
do Thiago Cruz. Vou emendar na dúvida
do Lucas Ferrone, que também pergunta
sobre finanças dos negócios: Parecem perguntas
diferentes, a do Thiago e a do Lucas,
mas elas têm muito a ver. O Thiago quer saber
como é que faz para organizar as finanças
de um novo negócio e o Lucas querendo saber
se muda alguma coisa de uma estratégia
de investimentos que ele tem, que está viabilizando
uma mudança de carreira. Vamos lá.
Existe, sim, uma estratégia para aquilo que eu chamo
de “Família Empresária”, sendo ou não casado,
tendo ou não uma família, vamos chamar de uma mistura
do perfil finanças pessoais com o perfil finanças
dos negócios, ela tem que ser levada
em consideração porque se você for participar
de algum seminário, algum evento, algum curso de planejamento
financeiro de um novo negócio, você vai ver o professor
ou o consultor dizer que é preciso separar
as finanças pessoais das finanças do negócio. E aí que o bicho pega
porque, normalmente, aquele profissional
que está começando no ramo de uma franquia,
ou profissional autônomo, que é o caso do Thiago, ou aquele que está empreendendo
uma atividade consultiva, uma atividade laboral
que depende dele mesmo, ele vai até tentar organizar
as finanças separadamente, mas todos nós sabemos
que quanto chega aquele DARF, aquela guia de recolhimento
de imposto para pagar, na conta da empresa, e você não tem dinheiro
na conta da empresa, o dinheiro que será
para pagar aquele DARF sai da conta pessoa física. Esse “canivete suíço”
que é o profissional que está se virando
para ser o próprio presidente,
diretor de marketing, de RH, de finanças,
de tudo que tem na empresa, esse canivete suíço
ele, certamente, tem que lidar
com uma confusão de números, que na verdade, não se trata
de separar os números, e sim de organizar
o que é de cada lado. No livro “Empreendedores
inteligentes enriquecem mais”, eu apresento uma estratégia
que é a de separar o planejamento de um novo negócio
em 4 fases. As finanças
da família empresária é um planejamento
dividido em 4 etapas: primeiro eu vou segmentar
o plano em duas partes, planejamento
da pessoa jurídica e o planejamento
da pessoa física, considerando
que o mais importante é o da pessoa jurídica,
da empresa, por quê? Porque é onde começa
a sua fonte de renda, é onde você consegue
os ganhos, você consegue fazer os planos
da pessoa física, se tiver saúde nos ganhos
da pessoa jurídica, se a empresa não tiver saúde,
não tiver sucesso, não haverá lucro,
não tendo lucro, você não ganha, sem ganho,
você não realiza sonho algum. Todo planejamento começa
na empresa. Primeiro ponto:
Traçar planos para a empresa. O profissional autônomo,
no caso, o Thiago, que está querendo montar
um orçamento adequado para os seus clientes,
como é que você faz isso? Você tem que organizar
os seus gastos para entender o quanto custa
para desempenhar essa atividade, tanto considerando
o custo variável, por exemplo, você vai vender um livro,
quanto custa esse livro que você vai entregar
como também o custo fixo, tem o salário de alguém
que manipula o livro, tem o espaço que você tem,
o aluguel de uma garagem, tem um investimento
de uma infraestrutura, ar-condicionado,
por exemplo, então é importante você ter
uma noção do custo fixo e do custo variável
para diluir o custo fixo em um número
de produtos ou serviços que você vende
em média no mês, para incluir, no orçamento,
o custo variável mais um pedaço do custo fixo
correspondente aquele serviço, mais um gasto que você teve
para criar a reputação, a marca. Quanto você gastou
em uma pós-graduação, em um curso técnico,
em uma faculdade, mas tem que colocar o valor
da faculdade no serviço prestado? Você tem que fazer
uma estimativa de quanto tempo dura
aquele conhecimento adquirido. Você terminou uma graduação,
você não vai precisar fazer outros cursos
durante 3, 4 anos? Então todo serviço produzido,
vendido durante 4 anos, terá, receberá, uma diluição
do custo desse investimento até que você faça
um outro investimento, uma pós-graduação,
por exemplo. Para não levar prejuízo
do seu cliente, valorize a sua reputação,
o seu conhecimento, a sua experiência para que você
cobre o preço certo. No planejamento do negócio, você tem que considerar
que investimentos você terá que fazer
nos próximos anos para se manter
crescendo ou manter o seu negócio evoluindo, participará de cursos,
de congressos, comprará equipamentos,
investirá em uma rede social, fará divulgações,
contratará pessoas, o ideal é que você veja
em um prazo, de pelo menos de 2 anos,
quais passos serão dados. Esse é o planejamento
estratégico do negócio. Do planejamento estratégico
você passa para o planejamento
financeiro do negócio: Considere o faturamento
que você tem, do faturamento você tira
as despesas e custos que você tem
para chegar no lucro, muita gente acha que o lucro
é a última linha da contabilização financeira
da empresa, não é. O lucro é a última linha
de decisão que você toma na empresa, desse lucro você vai separar
quanto você previu, direcionar do seu negócio, para o crescimento
do seu negócio, em termos
de poupança mensal. Então se você quer
participar de um congresso, de um curso,
comprar um equipamento, quanto isso custará
em termos de poupança mensal? Essa poupança sairá
do lucro do seu negócio, idealmente, não que você
tenha que tomar emprestado, do lucro tirou o recurso
que foi previsto poupar, sobrou alguma coisa? Se for um negócio jovem,
não deve sobrar muita coisa para que você se mantenha
crescendo rapidamente à frente dos concorrentes, se sobrou, aquilo é seu,
pessoa física. Agora você olha pelo lado
pessoa física: vai ter que montar
uma estratégia da pessoa física, estar conversando em família
quais são os sonhos a serem conquistados,
quer fazer um curso pessoal, um curso de gastronomia,
quer fazer uma viagem, quer reformar a casa,
quer trocar de carro, poupanças que devem ser feitas
para acontecerem esses sonhos, identifique o quanto isso
custaria por mês. Agora, você olha, depois de definir
a estratégia da família, você olha
para as finanças da família: Quanto você ganha por mês?
Quanto a família ganha por mês? É um pedacinho que sobra
do negócio, mais um salário
que o companheiro(a) receba, juntando tudo
em um rendimento familiar, você tira aquilo
que foi previsto poupar para realizar
os sonhos da família e o que sobra
é a verba que você tem para estruturar
o seu custo de vida. Perceba que,
eu fiz a estratégia da empresa, as finanças da empresa,
a estratégia da família, para identificar
quanto sobra de verba para definir que casa
eu posso morar, que carro eu posso ter,
que roupa eu posso comprar, qual vai ser
o meu plano de saúde, ou seja, o segredo é ter
uma vida mais simples em termos de custo pessoal
para que eu viabilize o crescimento do meu negócio
e a realização dos meus sonhos. Isso não significa se privar
para talvez ter uma aposentadoria
lá na frente, significa fazer um pequeno
sacrifício de curto prazo para não estrangular
o crescimento do seu negócio pessoal
que é a sua fonte de renda. Com um bom investimento
no negócio, sabendo como investir
para que ele se expanda, o rendimento será crescente,
o lucro será crescente, o valor a distribuir
será crescente, seus planos se concretizarão
em um ritmo crescente. É assim, Thiago,
é assim, Lucas, que se estrutura
um negócio próprio para que ele cresça
normalmente. E finalizando a reflexão
com a dúvida que o Lucas trouxe, investimentos,
como é que ficam quando eu migro do empregado
para o empreendedor? Aquela parcela do planejamento
financeiro pessoal, não muda, o que vai mudar
é uma nova parcela no planejamento financeiro
dos negócios. Se o seu perfil de investimento
é arrojado, tem uma parte
em renda variável, tem um relacionamento
histórico com uma carteira
de investimentos que você adquiriu com a evolução
do seu conhecimento, isso continua, só que você acrescenta
no seu planejamento um novo planejamento
do negócio que certamente terá investimentos
em renda fixa mais conservadores porque a renda variável dessa
parcela de negócio que você tem será o próprio negócio.
Vai assumir riscos? Que seja na sua
atividade profissional e não em uma atividade
de investimento que exija de você
acompanhamento, informação, direcionamento do foco
para aquilo que é secundário, afinal, o mais importante
é o seu negócio. Espero ter esclarecido
e inspirado muitas pessoas a aprenderem mais
sobre novos negócios. Para quem quiser
mais informações, “Empreendedores inteligentes
enriquecem mais” a leitura que eu recomendo
para ajudar a estruturar aquele negócio
que está na sua cabeça, que não sai
do plano dos sonhos, a leitura vai ajudar
a concretizar isso, trazer para o mundo real.
Sucesso em suas escolhas.

 

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Marcelo Wagner

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