A queda da Bolsa de Valores no Brasil em 2019

A queda da Bolsa de Valores no Brasil em 2019

Confira o Resumo da Matéria

Primos e primas, hoje é
novamente mais um dia histórico na bolsa de valores, no
mundo dos investimentos. Hoje a bolsa já deu
um Circuit Breaker e está caindo mais de
12% agora, não é, Kaique? A OMS anunciou o
que está acontecendo em relação ao coronavírus
como uma pandemia mundial. Isso daqui deixou os mercados malucos. Eu acho que em partes isso deixa o
mercado com muito medo e em partes o mercado estava, de
certa forma, caro e isso daqui é um grande motivo
para todo mundo vender. Sei lá, não existe uma certeza absoluta. Os mercados pegam notícias e usam
isso como justificativa. Mas falaremos sobre isso e sobre
alguns estudos muito importantes, especialmente para você que está
posicionado no mercado agora ou que está pensando em se posicionar
no mercado. Vamos nessa! Olha só, um mercado que já
cai 30% desde o começo do ano, eu posso chamar de
crise já, você não acham? – Eu acho.
– Porque ele estava caindo lá 1%. Em janeiro o mercado caiu 1%,
1% e pouquinho. Em fevereiro caiu 8% e tinha gente falando:
“Ah, vocês não sabem o que é crise. Isso não é crise!” Agora está caindo 30%, então vamos
chamar de crise ou alguma coisa assim. Mas antes de eu entrar no vídeo e te
mostrar alguns números muito interessantes, eu tenho certeza que você vai amar,
tem uma coisa que a gente precisa pedir. O que é, Kaique? Porque no último vídeo que a
gente fez sobre Circuit Breaker, a gente falou o
seguinte: “Curte o vídeo, porque se você não curtir
vai dar Circuit Breaker de novo.” E pelo jeito a galera não curtiu,
não é, Kaique? “Ah, não vou curtir.”
Curte! Você quer ver mais Circuit Breaker?
Não, então clica no botão de curtir. E quanto mais você curtir, menos
Circuit Breaker você verá por aqui, certo? Eu geralmente tenho um tom bem
mais humorado e tudo mais. Eu não vou fazer isso hoje em
respeito a um monte de gente que está perdendo dinheiro, ao monte de gente
que foi mais gananciosa do que deveria, que se expôs ao mercado financeiro
com mais dinheiro do que poderia. Então eu sei que tem muita gente
magoada, tem gente sofrendo, tem gente deprimida,
tem gente muito mal. Eu mesmo recebi muitas mensagens já no
meu Instagram de tudo que é tipo de gente. Gente muito magoada e gente
agradecendo, por exemplo, por eu dar o bom exemplo
de ter um bom dinheiro em caixa. Mas, em respeito às pessoas
que estão perdendo dinheiro, eu vou ter um tom
pouco mais sóbrio aqui. Primos, eu queria um feedback de vocês. Durante esse momento
que o mercado está maluco, você gostariam que eu continuasse
postando esses vídeos diários? Eles fazem sentido para você?

A queda da Bolsa de Valores no Brasil em 2019

 

Comenta aqui para eu ter uma
noção, um feeling. Porque eu faço isso porque eu acho
que agrega para vocês. Pra mim, eu estou investindo do
meu jeito aqui. Mas eu acho que eu agrego de
alguma forma. Então, se fizesse sentido para vocês
que eu continue postando todos os dias durante essa crise,
comenta aqui para eu saber. Sabe o que é mais maluco, Kaique? A gente teve nessa semana a pior
queda da última década. E no outro dia a gente teve a
maior alta dos últimos 11 anos. E no dia depois? Agora a pior queda da última
década de novo. Cara, o mercado está muito louco. Três dias históricos. Estamos vivendo história, primos. Eu estava vagando pelo Twitter… Aliás, quem não me segue no
Twitter, segue lá no Twitter. É bem interessante, é diferente a dinâmica. Rola muita treta, muita
porradaria. Eu fico só assistindo, mas às vezes a gente pega
umas coisas muito importantes. E uma delas foi um conteúdo que eu
vi do Renato Breia. Ele compartilhou um estudo do Economatica. Esse estudo mostra o seguinte: Ele pegou as maiores
quedas da nossa história, dos últimos tempos da nossa
história recente do Ibovespa. Ele pegou as maiores quedas
e depois dessas maiores quedas ele pegou o que teria acontecido um
mês depois dessas maiores quedas, três meses depois
dessas maiores quedas, seis meses depois da maior
queda e doze meses depois. Ou seja, teve a maior queda do ano. O que aconteceu depois dessa maior queda? Que é um tom de o que
acontece com o mercado financeiro depois das maiores
quedas, das maiores crises. E é muito interessante esse estudo
que foi feito. Por quê? Porque se você puxar aqui, a gente
tem alguns momentos. A gente tem a crise asiática,
a gente tem a crise da Rússia, a gente tem o câmbio flutuante, a
crise do subprime nos Estados Unidos, o Joesley Day e a gente tem
o que está acontecendo agora, que seria a queda do petróleo
mais o Coronavírus. Não sei como a história vai lembrar
o que está acontecendo agora, mas a gente tem o que você
sabe que está acontecendo agora. A queda do petróleo e Coronavírus. Na crise asiática a gente teve um
dia em que a bolsa chegou a cair 10,20%. 10,20%. Isso daqui foi extremamente
assustador também. Ninguém esperava. Aliás, uma coisa semelhante
entre todas as crises, é que as pessoas
não esperam a crise. E pelo fato de elas não esperarem
a crise, elas ficam muito confiantes, acabam refletindo essa confiança
delas no preço das ações e dos ativos. Logo, como ninguém
espera, a crise é muito forte e pega todo mundo jeito
quando tem algum acontecimento. Ah, meu Deus do céu, Kaique! Não me mata do coração, cara. Kaique, em pleno Circuit Breaker,
Kaique, você vai dar uma dessa? Eu tô até tremendo. E o que aconteceu? Um mês depois da maior queda, a bolsa já tinha se valorizado de
forma acumulada em 16,93%. Em três meses, 32,22%.
Em seis meses, 38,03%, até que em 12 meses
o acumulado foi de -4,5%. 12 meses depois isso daqui acabou
fechando no negativo. Mas desses seis exemplos que
eu peguei, ela foi a única crise que teve duas crises em uma,
que depois acabou acontecendo. Então, ela foi uma que fechou no
negativo 12 meses depois. Isso daqui pode ser desanimador
pra você, mas veja só. Na crise da Rússia a gente teve a pior
queda da crise da Rússia no 10/09/1998. E aqui a gente teve
uma queda de -15,83%. E depois dessa queda de -15,83%,
o que aconteceu? Um mês depois, 37% de alta. Três meses depois, 58% de alta. Seis meses depois 105% de alta e 12 meses depois, 138% de alta. Olha só, então nesse
caso teria valido a pena você aproveitar este
tipo de oportunidade. A gente teve o câmbio flutuante, que foi quando o Brasil mutou o regime
de câmbio dele e virou o câmbio flutuante. A gente teve no dia 14/01/1999
uma queda de 9,97%. O que aconteceu depois? Em um mês, 77% de alta. Três meses, 123% de alta. Seis meses 124% e em 12 meses, 249% de alta. Teria valido muito
a pena quem tivesse olhado para esse momento
como uma oportunidade. A gente teve a crise do subprime
nos Estados Unidos. A pior queda dela
aconteceu no dia 15/10/2008. Olha só, foi uma queda que não foi
pior do que a queda que a gente teve hoje ou até que a gente teve
no último Circuit Breaker aqui. O que aconteceu? Um mês depois, -2,83% de queda. Três meses depois, 6,29%. Seis meses depois, 22% de alta e 12 meses depois, 81,1%
de alta na nossa bolsa. Teria valido a pena novamente
aproveitar esse momento. Joesley Day, no dia 18/05/2017 a gente
teve uma queda de 8,80% no pior dia. Depois, em um mês, 0%. Em três meses, 11,5%. Em seis meses, 19% de alta e em 12 meses 34,88% de alta. Então, como você pode ver, teria valido
a pena também se expor a esse momento. A gente teve no dia 09/03/2020 agora,
nessa crise atual, uma queda de 12,17%. E hoje, estou gravando esse dia
enquanto o pregão está aberto, o pregão está caindo 12% de novo. Quanto que vai ser o resultado
daqui dois meses? Não sei, não tenho a mínima ideia
e ninguém sabe. Mas se a história ensinou
alguma coisa pra gente, foi que na maioria das vezes a frase
tão famosa do Warren Buffett se aplicou. Que é aquela de “Compre ao som
dos trovões e venda ao som dos violinos”. Ou “Compre ao som dos canhões
e venda ao som dos violinos”. E sempre quando a gente olha
de forma retroativa para as crises, a gente olha para esses momentos
de muita queda e a gente fala: “Poxa, era tão simples.
Era só ter comprado, porque está todo mundo desesperado.
Era só vender lenço nessa hora”. Quando chega na hora as
pessoas travam, ficam com medo, são dominadas
por esse sentimento. Elas preferem ficar longe, porque
elas não sabem até onde vai a crise. É como eu sempre digo: na prática,
a teoria é outra. Mas uma coisa que eu levantei é: Algumas coisas fazem parte de todas
as crises e você tem que tomar cuidado. Na verdade, o seu maior inimigo
durante a crise é você mesmo. Porque a gente corre um grande
risco de fazer grandes burradas na crise. A gente geralmente quer fazer um
seguro depois que bateu o carro. Não adianta você querer fazer um
seguro ou se proteger na crise depois que a casa já caiu. A ideia é que você se prepare para
esse momento. No meio do caminho, você
até pode fazer algumas coisas, mas é diferente de você ter
se preparado anteriormente. Então, o que acontece?
Todas as crises têm ganância envolvida. Geralmente há ganância antes da
crise acontecer. A ganância faz os preços super valorizarem
e as pessoas estão com o preço lá em cima. Logo, quando tem uma queda
é algo totalmente inesperado e todo mundo
perde muito dinheiro. Então, o que eu vejo que acontece
é: as empresas de grande crescimento… Então se você for pegar aquelas
empresas que têm um P/L muito alto, elas têm um
grande risco na crise. Qual que é o grande risco? Como elas estão embutindo no preço
atual o crescimento, muitas vezes, de cinco anos, crescimentos
muito acelerados, quando tem uma crise
essas empresas voltam muito. Porque elas estavam com um preço mais
esticado, contando com esse crescimento. Como esse crescimento não
está vindo por causa da crise, essas são as empresas
que mais caem. E empresa um pouco maiores,
mais pagadoras de dividendos, elas costumam mexer
um pouco menos na crise. Então a ganância é o primeiro ponto. A ganância mexe com todo mundo ao
longo da crise. Segundo ponto, o pânico. Todas essas crises tiveram
uma coisa em comum: Um pânico junto do
efeito manada imediatos. Coronavírus, a galera não
sabe o que pode acontecer e essa incerteza deixa as pessoas
com muito medo e muito receio. Então junta essas duas coisas,
vira um movimento muito forte de venda. E junto de tudo isso, o que acontece? Vem o mercado externo,
o mundo fica com medo. E quando o mundo fica com medo, o
que eles fazem? Eles fogem para o dólar. Então muita gente
acaba apertando um botão ou dando um comando de
“saia dos países emergentes” ou “tire seu capital de
mercados emergentes” ou “traga o seu capital
para países mais seguros”. Existe uma grande fuga para os
países mais seguros do mundo. Então os Estados
Unidos, por exemplo, como vai muito dinheiro
pra lá, o dólar sobe muito. Então calma que eu já vou lincar
tudo isso que eu estou falando. E você tem mais uma coisa que
junta aqui: o imediatismo. As pessoas estão imediatas,
querendo tomar decisão agora em função de algo que já era
para elas terem se preparado. Quando elas querem tomar decisão imediata,
sem pensar muito, com base na emoção, elas costumam
fazer cagada. Então, olha o que aconteceu. O mercado de uma forma geral caiu
e caiu muito. O dólar subiu muito. Tem ativos ficando cada vez mais baratos
ou justos, dependendo o seu ponto de vista. E você, se você estiver
com todo seu capital na bolsa, você vai deixar de
surfar todas as ondas. Então por isso que é importante
você ter um pouco de caixa. O caixa te ajuda a
poder comprar ativos que você julgue serem
importantes, serem relevantes. Por isso que é importante você ter
um pouco de investimentos internacionais. Porque se o dólar
sobe muito, você acaba, por exemplo, no meu caso eu tenho muito
BDR, então as ações caíram muito lá fora, mas pelo menos elas estão em
dólar, então essa queda é minimizada. O dólar, a última vez que eu vi, tinha uma valorização
de quase 20% no ano. Então é como se eu perdi
dinheiro, mas o dólar subiu 20% então meus BDRs subiram 20%
também e aí tem a queda das ações. Então é por isso que eu sempre
digo a mesma coisa, gente. A mesma coisa. Eu pego minha carteira, eu
divido ela em quatro partes que vocês já sabem qual é. 25% em ações, 25% em
investimentos internacionais, 25% em caixa
e 25% em fundos imobiliários. Que, por sinal, também cai muito
menos nessas crises. Então eu vou rebalanceando. Quanto mais cai, mais
as minha ações caem, mais o meu caixa fica relevante e mais dinheiro eu rebalanceio
e compro mais ações. Então, geralmente quando as crises
passam a gente olha pra trás e fala: “Caramba, como eu queria
ter dinheiro nesse momento. Como eu queria ter dinheiro, como
eu queria passar de novo pela crise para eu poder
aproveitar essa situação.” Eu espero há mais ou menos 10 anos
por um momento como esse. Um momento em que a gente junta crise com
eu tendo dinheiro no caixa para comprar. Porque eu já passei por crise, já passei por momento que eu
tenho caixa, mas nunca pelos dois. Caixa e crise, onde eu pudesse, na
minha concepção, fazer bons negócios. Eu tenho um recado para você: Se você está comprando
ações conforme cai ou se você já comprou muito,
o que eu quero te dizer é: Eu estou comprando ações,
mas não é uma recomendação. Eu estou comprando, mas
se você está comprando, eu quero que você
tome um cuidado. Não compre todo o seu dinheiro. A gente teve aquela primeira
queda grande de 7% mais ou menos e muita gente comprou todo o seu
dinheiro achando que não ia cair mais. E a gente teve um Circuit
Breaker depois de 12%. E algumas pessoas compram
tudo o que elas tinham, porque elas pensaram
que não ia cair mais. O mercado outro dia subiu 7% e as pessoas ficaram
comemorando, ovacionando tudo isso. E hoje mais um Circuit Breaker e eu tenho certeza que tem gente
que comprou todo o seu dinheiro. E quando você vê,
você não tem mais caixa e o mercado pode
cair indefinidamente. Então o negócio é: sempre tenha
uma parcela de caixa. Não é só pelas oportunidades. É porque no meu caso o caixa
me ajuda a manter a minha sanidade e me ajuda a manter a coragem de
aproveitar oportunidades. Porque eu posso, porque
eu tenho dia dinheiro no caixa e porque eu rebalanceio
a minha carteira. Então, recado para você: Foco no longo prazo,
foco na diversificação, foco na disciplina de fazer o que você se
propôs a fazer antes dessa crise começar, foco no estudo, foco no trabalho,
foco no discernimento, no conhecimento. E sugestão: vai correr! Faz um esporte, foca em outras coisas. Se você só olhar
para esses números, você acaba entrando num mundo
que você começa a se entregar cada vez mais emocionalmente e você
quando vê entrou numa grande bolha e para sair depois
é muito mais difícil. Olha de longe, que vai ficar muito
mais fácil acompanhar o mercado. Se você investe
para o longo prazo, não adianta nada você olhar para a
sua carteira de cinco em cinco minutos. Vou continuar acompanhando o
mercado e até a próxima. Tchau!

 

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Marcelo Wagner

Marcelo Wagner

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